Nesta terça-feira, às 10h30min, acontece a inauguração da Usina Hidrelétrica Salto Pilão, construída no rio Itajaí-Açu, entre os municípios de Apiúna, Ibirama e Lontras. Para a construção da Usina foram investidos R$ 500 milhões e cerca de 1200 trabalhadores tocaram a obra durante os últimos três anos. Autoridades estaduais e federal, além de dirigentes das empresas que formam o Consórcio Empresarial Salto Pilão (grupos Votorantim, Camargo Corrêa, Energia e DME Energética) prestigiarão o evento.
O deputado João Matos teve uma participação decisiva, em 2006, para a viabilização desse projeto, juntamente com o Secretário Regional de Ibirama, Aldo Schneider, sobretudo na liberação das licenças ambientais para que a obra saísse do papel e torna-se uma realidade. “Em cinco anos, Apiúna e Lontras dobrarão sua arrecadação de ICMS, enquanto Ibirama terá também um grande reforço na arrecadação”, previa o deputado João Matos, em 1º de junho de 2006, dois meses antes do início das obras. A partir de agora, uma das mais modernas hidrelétricas do país, totalmente subterrânea, fornecerá 182,3 megawatts de energia elétrica, suficiente para abastecer todos os 28 municípios do Alto Vale e parte do Médio Vale, atendendo aproximadamente 700 mil consumidores. A estrutura já funciona em caráter experimental e, na inauguração, será iniciada a operação comercial.
Segundo o coordenador de Comunicação Social do Consórcio Empresarial Salto Pilão (Cesap), responsável pela obra, Rubens Habitzenreuter, este é o único empreendimento hidrelétrico de grande porte possível de ser construído no curso principal do Itajaí-Açu, que tem 170 quilômetros de extensão. “O projeto, por ser quase que inteiramente subterrâneo e sem reservatório de contenção, é o grande diferencial desta construção, o que minimiza os impactos ambientais”, afirma.
A geração de energia aproveita um desnível do rio Itajaí-Açu, conhecido por Salto Pilão. Foram escavados mais de dez quilômetros de túneis, quer para acesso ao local onde estão as turbinas e geradores, bem como para condução da água após a tomada do rio, na comunidade de Atafona, em Lontras.
Não existe barragem, mas sim um pequeno barramento para direcionar a água e movimentar as turbinas geradoras, sendo que depois, a água retorna ao rio. No total, são duas turbinas com capacidade para 91 megawatts cada uma, sendo que a primeira unidade entra em funcionamento neste momento, e a segunda, daqui há dois meses.
A Usina se assemelha a existente no Paraná, em Capivari Cachoeira, também subterrânea. Somente a parte de controle onde ficarão os técnicos, é que fica na parte externa, à margem direita do rio Itajaí-Açu. No mesmo local também funciona a subestação, de onde parte a rede elétrica ligando ao sistema nacional.
Por Fernando Isoppo
Com textos de Juliana Sanches/Jornal do Médio Vale - JMV e José Reinoldo Rosenbrock Especial/JMV


Nenhum comentário:
Postar um comentário