terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Funarte abre as portas aos artistas circenses



A Funarte abrirá as portas para receber os artistas circenses nesta sexta-feira, a partir das 20 horas. Na ocasião, haverá apresentação de um monólogo do Palhaço Plim Plim em um pano de roda, armado na parte externa da Funarte, atrás da Torre de TV, em Brasília. Após a apresentação, será servido um coquetel em homenagem ao artista.

O encontro ainda servirá para a discussão da pauta que será apreciada em 10 dezembro, no I Seminário dos Palhaços Brasileiros, no auditório Freitas Nobre, nas dependências da Câmara dos Deputados, em Brasília. O objetivo é discutir os rumos da atividade e outros projetos de interesse da categoria profissional. A iniciativa é dos deputados Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), Carlos Biffi (PT-MS), João Matos (PMDB-SC) e Edgar Mão Branca (PV-BA).

Segundo o coordenador e organizador do evento, José Carlos Santos Silva, o palhaço Plim Plim, a ideia do Seminário da próxima semana é reunir os artistas circenses e parlamentares para debater temas como a regulamentação da profissão, a banalização da imagem do palhaço pela mídia e a instituição de um dia nacional de homenagem aos homens de nariz vermelho que trabalham fazendo os outros rirem. “Precisamos unir a classe e buscar nossos direitos, assim como batalharmos por mais apoio e reconhecimento dos cidadãos e autoridades”, ressalta o artista. “Está na hora de acabarmos com este preconceito que os palhaços ainda enfrentam”, completa o deputado João Matos.

Durante o evento também será debatido o cumprimento do Artigo 29, da Lei 6.533, de 1978, que trata do acesso dos filhos de palhaços às escolas públicas, a elaboração de um projeto de lei que disponha sobre a aposentadoria do artista circense e incentivos as práticas antipedofilia.

Plim-Plim – para quem não conhece, Plim-Plim é um “empresário” do menor circo do mundo. Sua estrutura circense é o seu ônibus-moradia que roda pela capital federal e atualmente está instalado no Complexo Cultural Funarte, atrás da Torre de TV.

Próximo de completar 21 anos em atividade Plim-Plim tem um sonho: “Rodar o Brasil todo com seu ônibus realizando seminários sobre a atividade circense e mobilizar os palhaços brasileiros para lutar por mais respeito e reconhecimento da sociedade”.

Uma das suas principais preocupações diz respeito aos palhaços “picaretas”, que se utilizam do personagem para pedir esmolas nos semáforos das grandes cidades. “Enquanto batalhamos pela profissionalização dos palhaços, outros se aproveitam da imagem para denegrir o nosso trabalho”, enfatiza Plim-Plim.
 
Fernando Isoppo

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