Uma sessão solene no Plenário da Câmara dos Deputados na manhã desta segunda-feira (dia 23) marcou a passagem do primeiro ano da enchente que assolou Santa Catarina, sobretudo o Vale do Itajaí, que conta com 1 milhão de habitantes, 21% da população catarinense. Foram registradas 135 mortes e 80 mil desabrigados na época. Esta foi a forma encontrada no Congresso Nacional para agradecer a todos aqueles que se empenharam em ajudar o Estado. “Poderia dizer que foi a maior catástrofe ocorrida no Brasil nestes últimos anos”, ressaltou o deputado João Matos, em seu pronunciamento.
Se por um lado famílias amargaram perdas materiais e de entes queridos, por outro, a solidariedade dos brasileiros e estrangeiros foi determinante para minimizar a situação de cenário de guerra. O voluntariado foi elogiado pelo autor do requerimento da Sessão, deputado Paulo Bornhausen, que também parabenizou as emissoras de televisão local e nacional que fizeram uma cobertura humanitária.
Os agradecimentos à defesa civil, ao corpo de bombeiros e policiais militar e civil foram feitos pelos deputados que usaram da palavra. Referências ainda a todos que perderam suas vidas e aos prefeitos que sofreram o primeiro impacto. Três ministros foram homenageados: da Saúde, José Gomes Temporão; da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima; e o da Defesa, Nelson Jobim. “Quero agradecer especialmente o presidente Lula, que agilizou os recursos aos municípios atingidos”, reconheceu o governador Luiz Henrique da Silveira. Governadores também foram citados.
A burocracia ainda é a inimiga para atender com maior celeridade a destinação de recursos oriundos de problemas causado pela natureza. “Não podemos mais depender de Medidas Provisórias para atender aos municípios afetados pelas intempéries do tempo”, assinala João Matos. “Por isso temos que garantir a reativação do Fundo Nacional da Defesa Civil”, acrescenta.
Os prefeitos de Blumenau, João Paulo Kleinübing, de Itajaí, Jandir Bellini; e de Ilhota, Ademar Felisky, presentes à sessão, fizeram um relato da atual situação, um ano depois da catástrofe. “Um ano depois ainda temos pessoas que moram em abrigos”, lamenta o prefeito de Ilhota.“Estamos aos poucos revertendo esta situação”, conclui.
Fernando Isoppo
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