Controle fitossanitário das fronteiras e exploração do gás de xisto são defendidos por representantes dos estados do Sul

Brasília - Os representantes dos três estados do Sul em Brasília se reuniram nesta terça-feira (09), na sede da Secretaria de Articulação Nacional (SAN) para construção de uma pauta de interesses comuns a ser trabalhada em conjunto. Na lista de prioridades dos secretários entraram o controle fitossanitário e de zoonoses das fronteiras, a exploração do gás de xisto, a implantação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) e a continuidade dos debates sobre o Fundo de Participação dos Estados.

Conforme secretário de Articulação Nacional, João Matos, a parceria está tomando corpo e será colocada em prática buscando uma maior contribuição para Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “Por meio desta troca de experiências estamos nos focando naquilo que realmente nossos estados podem ser beneficiados. Estamos indo além da nossa rotina diária”, expressou ele aos secretários da Representação do Rio Grande do Sul, Hideraldo Luiz Caron, e do Paraná, Amauri Escudero Martins.

As quatro metas dos representantes começam a ser trabalhadas ainda esta semana e também serão abordadas no Conselho de Desenvolvimento e Integração do Sul (Codesul), atualmente sob a presidência do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo.

Escudero explicou que a unificação das ações para os três estados do Sul é benéfica, uma vez que possuem realidades bastante parecidas, como no caso da região de fronteiras. Outra possibilidade de mobilização conjunta, em sua visão, é na direção do Fundo para Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), destinado a financiar projetos em benefício das economias do Mercosul. No caso do gás de Xisto, já utilizado nos Estados Unidos por ser mais limpo e barato, a expectativa é que ele seja colocado no leilão de energia até o final deste ano. “É uma fonte de energia não convencional e que abrange os três estados do Sul”, completou o representante do Paraná.