quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Para o Brasil seguir mudando com o PMDB – Economia – Parte II


Brasil controla dívida pública

Durante o governo FHC, a dívida líquida pública como percentual do PIB cresceu 7,2% ao ano, saltando de 28,0% em janeiro de 1995 para 60,6% em dezembro de 2002. No governo Lula, a dívida caiu, chegando ao final de 2008 a representar 38,4% do PIB. Em 2009, houve uma elevação em decorrência da conjuntura econômica, sobretudo da valorização cambial. A previsão é de que a trajetória de queda volte a se configurar a partir de 2010. Na era FHC, a dívida pública líquida do governo federal saltou de R$ 65,8 bilhões para R$ 560,8 bilhões, mesmo com os mais de R$ 80 bilhões obtidos com as privatizações. Se tivesse crescido nos oito primeiros anos do governo Lula no mesmo patamar ocorrido no período FHC, a dívida líquida do setor público no final de 2010 seria de 88,3% do PIB – o equivalente a R$ 2,9 trilhão. No entanto, em maio de 2010, a relação dívida/PIB foi de 41,4%.

Risco-país atinge menor patamar da história
Fruto da política fiscal responsável implementada no governo Lula, o risco-país saiu de 2.035 pontos em outubro de 2002 e chegou a 178 pontos em abril de 2010. Essa redução implica a diminuição dos custos de captação de empréstimos das empresas brasileiras e do setor público no exterior, como também propicia condições para uma maior atração de investimento externo.

Brasil amplia reservas internacionais

O desempenho positivo da balança de comércio exterior permitiu ao Brasil acumular reservas internacionais. No governo atual, as reservas atingiram US$ 253,1 bilhões em junho de 2010. No final do governo FHC, os baixos níveis das reservas (US$ 37,8 bilhões) fragilizaram a economia brasileira frente às crises internacionais. O incremento das reservas no governo Lula deu condições para que o Brasil saísse da maior crise do capitalismo, desde 1929, fortalecido em relação a maioria dos países.

BNDES eleva desembolso para investimento

Um dos aspectos marcantes do governo Lula é a retomada da oferta de crédito para o investimento de longo prazo, com o fortalecimento do BNDES. A instituição foi capitalizada em cerca de R$ 180 bilhões, e novas linhas de crédito foram criadas, como o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), para combater os efeitos negativos da crise de financeira internacional no investimento doméstico. Isso permitiu que o BNDES, no governo Lula, triplicasse os desembolsos para o financiamento do investimento em relação ao governo FHC. Assim, a oferta interna de bens e serviços pode atender ao crescimento da demanda interna sem causar inflação.

PAC amplia investimentos públicos

Os investimentos do governo federal cresceram significativamente, sobretudo a partir do lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), focalizado na melhoria da infraestrutura. O governo FHC investiu em média R$ 22 bilhões por ano de mandato. A média do governo Lula projetada é da ordem de R$ 75,8 bilhões. O Orçamento de 2010 prevê R$158 bilhões em investimentos, cerca de 4,6% do PIB. Os dados demonstram a reorientação da política fiscal do atual governo, que tornou o Estado um agente efetivo de desenvolvimento econômico.

Por Fernando Isoppo

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