quinta-feira, 2 de setembro de 2010

PMDB é fundamental para virada de Dilma e Michel Temer no Sul

Antes da campanha começar, o Sul do país parecia um porto seguro para os tucanos. Hoje, a situação mudou completamente: a população do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná prefere a chapa Dilma-Temer para a presidência da República. É o que apontam as pesquisas eleitorais. A última pesquisa Ibope (divulgada no dia 28/08) mostra que, somente na região, Dilma cresceu 5 pontos e passou José Serra. O placar está 40% a 35%, a favor da candidata da coligação “Para o Brasil Seguir Mudando”. E nesta virada, o PMDB teve um papel fundamental. Resultado do engajamento da militância peemedebista, da entrada em cena dos prefeitos do partido, da aposta na aliança nacional e das visitas e reuniões com o candidato a vice-presidente, Michel Temer.

Paraná – Até que ponto um partido tem que ceder espaço aos aliados? O PMDB paranaense abriu mão de candidatura própria para governador do estado, mesmo tendo o atual ocupante da cadeira. Orlando Pessutti assumiu o governo no lugar de Roberto Requião, que se desincompatibilizou para concorrer ao Senado. Embora fosse o candidato natural à reeleição, Pessutti cedeu lugar a Osmar Dias, o candidato escolhido por Lula para a disputa paranaense. Michel Temer foi o responsável pelo convencimento dos colegas de partido de que esta era a melhor estratégia de campanha. O resultado, hoje, é um palanque forte para Dilma e Temer no estado. Um comício no centro da cidade, no fim de julho, juntou milhares de pessoas. “O PMDB do Paraná está vencendo o preconceito que existia com a candidatura da Dilma. Assim como foi como Lula, o primeiro operário a ser presidente. Agora, estamos superando essa realidade tradicionalmente masculina que pela primeira vez sentiu que chegou a hora de uma mulher governar”, afirma o deputado federal Rodrigo Rocha Loures, candidato a vice na chapa de Osmar Dias. “O PMDB governa 139 cidades e o PT apenas 33. Quando o nosso partido abraçou a campanha, automaticamente ela penetrou no estado todo”, conclui. No Paraná, segundo o Datafolha, Dilma Rousseff cresceu 9 pontos em 5 dias. Hoje, ela tem a preferência de 43% dos eleitores contra 34% de Serra.

Santa Catarina – O PMDB catarinense tinha uma aliança histórica com PSDB e DEM, o que tornou o cenário político turbulento no estado. Seria difícil montar uma chapa com o PT, adversário da Tríplice Aliança, como era chamada a coalização de que peemedebistas do estado faziam parte. Quando o deputado federal João Matos assumiu a presidência do diretório estadual, o apoio a Dilma o partido começou a se mobilizar. E em duas visitas (de quatro programadas), Michel Temer conseguiu unir as bases do PMDB. A militância trabalha para diminuir as resistências da população local contra uma candidatura que tem o PT na cabeça de chapa. “O PMDB foi fundamental. A grande contribuição no bolo dessa preferência que vemos nas pesquisas, sem dúvida, é em grande parte dos votos do nosso partido”, diz João Matos. A pesquisa Ibope divulgada no último fim de semana mostra Dilma em primeiro lugar, pela primeira vez. Ela cresceu 6 pontos e lidera com 40% a 38% de Serra.

Rio Grande do Sul – Entre os gaúchos não houve acordo por uma chapa única, que unisse PT e PMDB na candidatura estadual. Os dois partidos lançaram candidatos próprios e o diretório estadual do PMDB manteve-se neutro sobre a eleição para presidente da República. Mas essa neutralidade não impediu que a base do partido optasse por Dilma e Temer. O apoio de um grupo grande de prefeitos peemedebistas foi oficializado em agosto. E as adesões aumentam. Nesta semana, são esperados mais de 200 prefeitos e vice-prefeitos para o encontro com Michel Temer. Os vereadores peemedebistas também começaram a se movimentar pela campanha. Presidentes municipais e coordenadores regionais também seguem essa linha. “Isso é uma manifestação legítima das bases e coerente com uma decisão partidária. E a tendência dessa corrente é cada dia crescer mais a tese de fortalecer o nome do presidente Michel Temer. Ele é o representante peemedebista na chapa nacional”, diz João Carlos Gediel, prefeito de Quaraí e um dos coordenadores do movimento municipalista Pró-Dilma e Temer. Segundo o Datafolha, Dilma subiu 8 pontos no RS, entre os dias 21 e 26 de agosto. Hoje, lidera com 43% a pesquisa, contra 39% de Serra.

Continuidade – Para Michel Temer, o PMDB ainda não atingiu o teto de preferência do eleitorado. “Acho que ainda podemos crescer mais. Isso porque estamos conseguindo mostrar à população do Sul do Brasil, que representamos a continuidade do governo Lula que trouxe melhoria na vida de todos brasileiros”, explica Temer. “O que temos que fazer é manter esse ritmo de trabalho porque pesquisa não ganha eleição. Outro ponto é aproveitarmos a força que temos no país para valorizarmos nossos candidatos para os outros cargos, em especial deputados federais e senadores que vão apoiar um eventual governo Dilma”, termina.

Assessoria de Imprensa do candidato a vice-presidente Michel Temer.

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